quinta-feira, 7 de março de 2013

Evidências



Quem ama sente ciúmes, muito ou pouco não importa, mas sente.
Quem deixou de amar já não se importa e deixa o outro totalmente à vontade, para que ele próprio possa estar também assim.


Quem ama - vez por outra - dá uma patrulhada no território e delimita as suas fronteiras.
Quem deixou de amar já não fiscaliza, é frio,
controlado e jamais perde as estribeiras.


Quem ama sempre acha tempo e encontra um jeito para estar com seu amor.
Quem deixou de amar vai postergando sem pressa, deixando que o vento sopre a seu favor.


Quem ama faz perguntas pessoais e usa muito o pronome "nós".
Quem deixou de amar conversa banalidades
e esquece o significado do advérbio "a sós ".


Quem ama quer saber da vida do outro com detalhes e transparência.
Quem deixou de amar se esquiva e não cobra do outro mais nada, nem ao menos coerência.


Quem ama é pródigo em e-mails, telefonemas
e com muito carinho dá um jeitinho de marcar presença.
Quem deixou de amar é pródigo em desculpas e pretextos com os quais passa um verniz para disfarçar a indiferença.


Quem ama é naturalmente fiel e está sempre voltado às necessidades do outro ser.
Quem deixou de amar só é fiel a si próprio e ao seu bem estar e já não percebe os danos que causa, querendo ou sem querer.


Quem ama, mas não pode corresponder por imperativos das circunstâncias, abre o jogo e usa de sinceridade.
Quem deixou de amar não descarta o outro do baralho, para o caso de uma eventualidade.


Será que neste momento tu amas ou deixaste de amar?
Se amas, lembre-se sempre que as feridas da alma nunca são curadas com sexo, comida ou poder, e sim com amor, carinho, respeito, atenção, paz.
Se já não amas, com certeza irás te calar ou talvez até dizer:
- Face ao exposto, nada tenho a declarar!


Do livro "Momentos Catárticos" - Fátima Irene Pinto

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